quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Mais sobre o feijão



'Água no feijão' é um projeto colaborativo de processos de criação artística no âmbito do Santo
Antônio Além do Carmo, que envolve a comunidade artística, moradores, comerciantes, frequentadores e visitantes do bairro. Ele propõe a realização de quatro residências artístico-culturais simultâneas em casas de moradores do bairro. Serão 10 artistas convidados de outros municípios, estados ou países, que serão recebidos por 15 artistas locais somando 25 artistas envolvidos nos processos de criação e intercâmbio.

Colocar água no feijão é uma forma de evidenciar um dito popular e desenvolver um modo do
fazer artístico em rede. É o ambiente em que trocaremos aquilo que nos alimenta, o que nos move, como organizamos os sabores, a mesa, o servir o prato, o que cozinhar, o que flmar, os ingredientes, materiais, ferramentas, panelas, modos de cozimento e edição. Em sua etimologia, a palavra companheiro de origem latina (Companio, de Cum Panis) signifca aquele com quem se reparte o pão.
Desse modo, pretendemos potencializar os canais de trocas, interferências, colaborações, contaminações e trânsitos entre as casas, instaurando outras possibilidades de sistemas de orientação, feedback, trabalho colaborativo, mostras ou bate-papo.

Os experimentos ocorrerão de acordo com as possibilidades da arquitetura e de seus possíveis
diálogos, no bairro, da observação dos fuxos de comunicação existentes e da refexão sobre a maneira
como cada sujeito e/ou grupo de pessoas estimula e é estimulado pela arquitetura e objetos existentes no bairro, bem como o tempo/espaço que ganha seus movimentos com as relações criadas.

O projeto nasce da vontade de um grupo de artistas moradores do Santo Antonio Além do Carmo,
em potencializar sua atuação em rede e fortalecer o bairro como uma referência de criação e produção artística e cultural em Salvador. Nesse sentido, ele tem como núcleo quatro iniciativas:

Baluar7e, uma casa de arte que propõe e abriga projetos de montagem, exposições, temporadas,
encontros, ensaios, apresentações e ofcinas, além de ser residência dos Caboclotudo Paula Carneiro,
Michelle Mattiuzzi, Ricardo Alvarenga (artistas do corpo e da imagem) e Alex Oliveira (fotógrafo) que trabalham de forma colaborativa e autônoma em diversos projetos artísticos.

Casa Xis, espaço cultural que tem como proposição primeira dar continuidade à tradição artística
dessa casa que foi morada de Xisto Bahia e sede de diversos artistas do bairro do santo Antonio. A casa foi inaugurada em maio de 2013, com um evento denominado Samba do Frete e tem como seus residentes atuais Enio Bernardes e Daniela Amoroso que também são uma família com Luan e Mariá. O samba, a dança e a cultura popular em geral são o arroz e feijão da nossa casa, sendo o Bloco de Hoje a 8 e a Cia. De dança Faca no Prato, os dois grupos que hoje trabalham ali. Enio é fundador e mestre de bateria do Bloco de Hoje a 8 e percussionista da Cia. De Dança Faca no Prato. Daniela é coreógrafa e diretora da Cia. De Dança Faca no Prato e percussionista da Bateria do Bloco de Hoje a 8. Nesse entrecruzamento sem fm, a família realiza rodas de samba no quintal da casa e ofcinas de música e dança. Para o projeto Água no Feijão, abriremos nossa casa aos almoços criativos com muito desejo de fartura criativa!!!!

GIA - Grupo de Interferência Ambiental, formado por artistas visuais, designers, arte-educadores
e músicos que têm em comum, além da amizade, uma admiração pelas linguagens artísticas
contemporâneas e sua pluralidade, mais especifcamente àquelas relacionadas à arte e ao espaço público. Um dos principais objetivos do grupo é a utilização de meios que possibilitem atingir uma margem cada vez maior de pessoas, tomando de assalto o espaço público, questionando as convenções sociais sempre que possível, através de práticas concretas infltradas em pequenas transgressões.

Oliveira’s House Bar, residência e bar do grafteiro e designer Flos. O Oliveira’s promove eventos
musicais como apresentações das bandas Toca Raul, Didi Gomes e Agnoel, encontros de blocos de
samba, além de ser coprodutor dos encontros Overnoise – encontros para fazer ruído – em parceria com a Baluar7e. O bar também abriga exposições de fotografa, desenho e grafti.





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